Explicar a Fibromialgia

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Permita que lhe apresente a Fibromialgia

É totalmente compreensível que a doença desta pessoa (seu familiar ou amiga/o, seu/sua doente, utente ou colega de trabalho) lhe pareça estranha, difícil de compreender ou mesmo suspeita.

As dores são descritas como intensas ou o mesmo violentas, o cansaço é por vezes relatado como esmagador, são referidos múltiplos outros sintomas e, contudo, nem você, nem o médico, nem as análises revelam algo de anormal! Para além disto, é frequente estas pessoas mostrarem-se tensas e irritáveis, e de relacionamento difícil.

Peço-lhe que veja para além disto, que faça uma análise justa da pessoa real por detrás desta imagem: quase sempre serão pessoas dedicadas, empenhadas, exigentes consigo mesmas, mais preocupadas com os outros do que consigo, trabalhadores incansáveis… enquanto aguentam ou aguentaram. Não serão, quase nunca, pessoas preguiçosas ou que pretendam aproveitar-se dos outros.

Ora, são exatamente essas características que justificam os sintomas e a ausência de sinais objetivos: estas pessoas tendem a viver continuamente em grande stress, do qual resulta tensão muscular permanente e, compreensivelmente, cansaço e dor muscular. Compreende-se, assim, que nada se veja! Compreende-se também que o sofrimento físico que descrevem seja gravemente acentuado pela tensão psicológica que faz parte da sua natureza e, ainda mais, pela falta de compreensão, se não mesmo pela suspeita expressa, por parte daqueles que os rodeiam. Você não quer, seguramente, contribuir para isso!

Posso e quero assegurar-lhe que a investigação científica não deixa nenhuma dúvida sobre isto: os doentes com fibromialgia não exageram o seu sofrimento, sofrem, efetivamente, as dores intensas que dizem sofrer. Não se trata, por outro lado, de uma doença mental, mas de uma certa forma de ser. As dores são reais! O facto da medicina não conseguir ainda explicar completamente a razão deste problema é uma falha da própria e não culpa do doente.

A minha longa experiência clínica e investigação em fibromialgia permitem-me fazer estas afirmações sem qualquer reserva ou receio de ser desmentido. Tenho provas de que a redução do stress constitui o principal caminho para permitir a estes doentes alcançar alívio dos seus sintomas e recuperar uma vida satisfatória, que merece ser vivida.

Acredito que a felicidade é o remédio natural da fibromialgia.

Não tenho qualquer dúvida de que todos, familiares e amigos, trabalhadores do serviço social, empregadores e colegas de trabalho, médicos e outros profissionais de saúde, podemos contribuir para isso: reconhecendo, respeitando, ajudando quem sofre com esta doença a controlar o stress, apoiando na medida do justo e do possível.
Não tenho dúvida de que o seu esforço nessa direção resultará em benefício para si, que me lê, sob a forma do prazer de fazer o bem, de ter boa consciência, componentes importantes da sua felicidade.
Conto com o seu apoio e agradeço-o, sinceramente.
Agradecemos qualquer crítica ou sugestão que tenha para nos ajudar a levar a cabo esta missão. Pode contactar-nos aqui.

José António Pereira da Silva, MD, PhD
Médico e Professor Catedrático de Reumatologia
Dir. Científico de MyFibromyalgia® Instituto de Fibromialgia

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